O encontro com o Papa se realiza, precisamente, um ano depois da beatificação de Luigi Novarese, sacerdote nascido em 1914 na diocese de Alessandria, Itália e falecido em 1984, em Rocca Priora, nas imediações de Roma. Este ano ocorre o Centenário de nascimento de Novarese, definido por São João Paulo II, como “Apóstolo dos Enfermos”.
No discurso que entregou aos numerosos presentes, o Santo Padre apresentou o beato fundador como “um sacerdote apaixonado por Cristo e pela Igreja e um zeloso apóstolo dos enfermos”. Sua experiência pessoal de sofrimento, quando foi acometido por uma tuberculose óssea na infância, o tornou sensível à dor humana, a ponto de fundar duas Associações: os Operários Silenciosos da Cruz e o Centro de Voluntários do Sofrimento.
A seguir, o Pontífice recordou a bem-aventurança “Felizes os que choram, porque serão consolados”, referindo-se à condição da vida terrena: o sofrimento humano. Jesus também passou pelas aflições morais e físicas e as humilhações, assumindo os sofrimentos na sua carne, como a fome, o cansaço, as amarguras, as traições, o abandono, a flagelação, a crucificação.
Porém, ponderou o Papa, Jesus valorizou a realidade da dor e do sofrimento humano e nos ensinou a vivê-la com confiança, esperança e amor, que transforma todas as coisas. Isto também nos foi ensinado pelos Santos, e, em nosso caso, pelo Beato Luigi Novarese, que orientou os enfermos e os portadores de deficiências a dar o devido valor ao sofrimento, assumindo-o com fé e amor.
Uma pessoa doente, explicou o Bispo de Roma, pode ser apoio e luz para outros sofredores. Por isso, admoestou os peregrinos a manterem o carisma de seu fundador, beato Luigi Novarese, como dom para a Igreja, sendo solidários com as pessoas sofredoras nas paróquias, como testemunhas de Cristo ressuscitado. Assim, concluiu o Papa, “vocês poderão enriquecer e colaborar com a missão evangelizadora da Igreja”.
Por Rádio Vaticano
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