Via-sacra
ou Caminho da Cruz, é um caminho de oração muito importante, pois tem como
objetivo principal levar as pessoas a meditarem naquilo que é fundamental no
cristianismo: o mistério pascal de Jesus Cristo, a sua morte e ressurreição. Os
últimos passos de Jesus na terra são representados por uma série de imagens da
sua Paixão, morte e sepultura, nas catorze estações que compõe a Via-sacra.
A
devoção em realizar este percurso, foi sendo progressivamente adoptada pelos
peregrinos que visitavam Jerusalém, que passaram a percorrer piedosamente a Via
Dolorosa, que vai da casa de Pilatos, ao Calvário e ao Santo Sepulcro. Fazer
este percurso, converteu-se num hábito que qualquer peregrino devia cumprir,
isto a partir do século IV.
A
Via-sacra estendeu-se a toda a Igreja latina, sobretudo a partir do século XV.
No entanto, nesta altura, o número de estações era variável, sendo fixado
definitivamente em catorze estações, pelo Papa Bento XIV, no século XVIII que
ao mesmo tempo incentivou os sacerdotes a enriquecer as suas igrejas, com as
representações da Via-sacra.
Hoje a via sacra é realizada em comunhão com a campanha da
fraternidade onde os passos de jesus até a cruz nos ajuda a refletir a temática
da campanha da fraternidade. O Caminho da Cruz é proposto aos fiéis, não como
uma mero ensinamento histórico, para que os cristãos aumentem a sua cultura e o
seu saber, mas antes para mover a piedade, fomentar o amor a Deus e a chama da
oração. Portanto, o cristão não deve folhear a Via-sacra como se de um livro
histórico se tratasse, mas deve aumentar os seus atos de fé, esperança e
caridade, mediante o percurso do Caminho da Cruz.
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