Desde junho eu tenho ido ao médico para tratar de uma úlcera no estômago.
No fim de novembro fiz uma outra endoscopia para ver como estava o problema e no dia 14 de dezembro ao retornar ao médico para ver o resultado da biópsia uma surpresa: descobri que estava com um "adenocarcinoma gástrico" (câncer no estômago).
De lá para cá foi uma correria só. Busca por médico, busca por hospital, muito esforço para que o plano de saúde liberasse os procedimentos e "até aqui nos ajudou o senhor" (cf. 1Sm 7, 12).
O tratamento inicial é o procedimento cirúrgico. Será retirado 80% do estômago, a vesícula biliar e os linfonodos (gânglios linfáticos) na região do estômago. O prognóstico é muito bom. Os exames demonstram estar num estágio precoce, o que nos anima bastante. Porém, qualquer certeza somente após a cirurgia. Somente depois dela saberemos da necessidade ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
Já foram realizados os exames pré-operatórios, as consultas médicas, a consulta com o anestesista e a cirurgia está marcada para o dia 22 de janeiro às 07h30 no Hospital São Rafael - Salvador/BA.
O que mais tem me ajudado? A fé e a amizade.
Não seria este um modo de bem vivenciar o Ano da Fé, renovando a confiança no Senhor?
Fortalece-me muito a presença dos familiares e amigos.
Tenho sentido a força da oração do povo de Serrinha, de Euclides da Cunha e de tantos lugares...
De fato, "quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro" (cf. Eclo 6, 14).
Parece estranho, mas o que mais tenho feito nesse dia é agradecer a Deus.
Agradecer pelas presenças em minha vida e pelos apoios recebidos, agradecer por tudo estar se encaminhando bem, mas sobretudo agradeço a Deus porque me deu um coração confiante.
Até agora não experimentei o medo, nem a tristeza, tampouco o desespero.
Deus tem modelado a minha vida para que eu seja um discípulo confiante.
Agradeço a todos vocês pela amizade e pelas orações.
E posso dizer com o nosso papa:
"Se não estamos sozinhos, se Ele está conosco, aliás, se Ele é o nosso presente e o nosso futuro, por que temer?"
Pe. Evandro de Santana Andrade
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