Muito se discute nos dias atuais o lugar do Negro na sociedade, desde
2003 esta discussão tem ganhado espaço em virtude da lei 10.639, de 9 de janeiro que instituiu o 20 de novembro como a data em que comemoramos o Dia Nacional
da Consciência Negra. A mesma Lei também tornou obrigatório o ensino sobre
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas públicas e
particulares.
Sabemos que o
preconceito existe, e é inevitável não nos questionarmos, Será que há o que se comemorar? Essa é uma questão
que vale uma reflexão. Se não há o que se comemorar há o que se rememorar e
dizer que a luta dos negros por condições dignas de existência deve continuar
no Brasil por muitos e muitos anos e essa data serve como um símbolo para que
reflitamos sobre a questão senão todos os dias, pelo menos no 20 de novembro.
Pensando em toda essa
problemática a igreja trabalha com a Pastoral
Afro-brasileira que surge como consequência de um longo processo
de conscientização e militância de gerações de negros e negras, que assumem
viver sua fé e a negritude. Na Igreja do Brasil, surge como consequência de
longo processo pós conciliar de conscientização e militância de gerações de
negros no interior da Igreja.
A preocupação com o povo
Negro Católico brasileiro, é algo que vem de longa data, especialmente a partir
das conclusões do Concílio Vaticano II, que apresentou a imagem de Igreja Povo
de Deus, seguidas pelos Documentos Latino- Americanos (Medellin, Puebla, Santo
Domingo) e os pronunciamentos do Papa João Paulo II. Ressaltam eles, a opção
preferencial da Igreja pelos pobres, considerados em sua condição de excluídos
de cidadania plena e na importância de seus valores culturais e religiosos, no
processo de renovação e enculturação da ação evangelizadora da Igreja no
Brasil.
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